MYRSINACEAE

Anagallis alternifolia Cav.

Como citar:

Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho; Tainan Messina. 2012. Anagallis alternifolia (MYRSINACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

16.108,224 Km2

AOO:

12,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Espécie ocorre no Estado de São Paulo e Minas Gerais (Freitas; Carrijo, 2010).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho
Revisor: Tainan Messina
Critério: B2ab(ii,iii,iv)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Anagallis alternifolia </i>caracteriza-se por ervas estoloníferas ou eretas, terrícolas e apresenta síndrome de polinização entomófila. Ocorre em Mata Atlântica e, possivelmente, Cerrado, dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, onde se desenvolve próximo a cachoeiras e riachos. Apresenta AOO de 12 km², e encontra-se sujeita a três situações de ameaça: expansão urbana desordenada, especulação imobiliária e atividades agropecuárias. A espécie tem distribuição restrita; o último registro foi realizado no município de Cunha (SP), no ano de 1996. Seus municípios de ocorrência encontram-se severamente fragmentados. Por exemplo, Caldas (MG) tem apenas 6,7% de cobertura original remanescente e Cunha (SP) apenas 15,3%. São necessários investimentos em pesquisa científica e esforços de coleta a fim de certificar a existência da espécie na natureza, bem como novas subpopulações, considerando sua viabilidade populacional e sua proteção.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

​Descrita em Icon. 6(1): 3, tab. 506, f.2. 1800.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim

Ecologia:

Biomas: Cerrado, Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre próxima a cachoeiras e riachos (Garcia; Izumisawa, 2003).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane, 3 Shrubland, 3.6 Subtropical/Tropical Moist, 2 Savanna
Detalhes: Caracteriza-se por ervas estoloníferas ou eretas; coletada com flores e frutos em dezembro (Garcia; Izumisawa, 2003); polinização entomófila (Smith-Ramírez, et al., 2005).

Ameaças (5):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3 Extraction
Mesmo em áreas protegidas do Estado de São Paulo, ocorrem ameaças como extrativismo vegetal clandestino, sendoessa umas das ameaças permanentes à conservação dos remanescentes da MataAtlântica no Estado (Costa, 1997).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
6 Pollution (affecting habitat and/or species)
Mesmo em áreas protegidas do Estado de São Paulo, ocorrem ameaças como lixões, poluição da água, mar, ar esolo e chuva ácida, sendo essas umas das ameaças permanentes à conservação dosremanescentes da Mata Atlântica no Estado (Costa, 1997).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.1 Mining
Mesmo em áreas protegidas do Estado de São Paulo, ocorrem ameaças como mineração, sendo essa umas das ameaçaspermanentes à conservação dos remanescentes da Mata Atlântica no Estado (Costa,1997).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
OEstado de São Paulo originalmente possuía aproximadamente 81,8% (20.450.000 ha)de seu território coberto por Mata Atlântica. Hoje, a Mata Atlântica no Estadorepresenta cerca de 18% da remanescente no Brasil, concentrando-se ao longo dolitoral e encostas da Serra do Mar, significando cerca de 8,3% da área doEstado e 83,6% da vegetação nativa ainda existente no Estado (Costa, 1997).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4.2 Human settlement
Mesmo em áreas protegidas do Estado de São Paulo, ocorrem ameaças como invasões de populações marginalizadas(favelização de manguezais e encostas) e especulação imobiliária (Costa, 1997).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level
Espécie considerada "Vulnerável" (VU) pela Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).